Pastor Zezinho

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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Pastor , Professor e Radialista

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

O PERIGO DO EVANGELHO JUDAIZANTE



Ao escolher Davi como rei sobre Israel, o Senhor lhe promete que, da sua descendência, surgiria um reino que ficaria firme para sempre (II Sm.7:16), um descendente que jamais veria a corrupção ocasionada pelo pecado (Sl.16:9,10; At.2:25-36).

Através dos profetas, também, em plena vigência da lei, insiste o Senhor em manter a promessa do Messias, Aquele que traria a redenção do povo, extirpando o pecado e estabelecendo a plena comunhão entre Deus e os homens (Is.7:14; 9:1-7; Dn.9:24-27; Mq.5:2).

O Fim da Lei

A própria Lei Judaica dizia que ela acabaria! As escrituras hebraicas previram que a lei seria substituída por um outro pacto, que se estenderia a outros povos além de Israel, como vemos, por exemplo, nos profetas Isaías (Is.49), Jeremias (Jr.31:37-41) e Ezequiel (Ez.47:21-23). E qual seria a personagem que estabeleceria este novo tempo? O Messias, como se lê em Is.42:1,6 e 49:6.
- Vemos, portanto, que, em todo o Antigo Testamento, as chamadas Escrituras hebraicas, a lei nunca foi demonstrada como um elemento definitivo da revelação divina, mas como um mecanismo para guiar o relacionamento entre Deus e Israel até que surgisse o Messias que, como não podia deixar de ser, nasceu sob a lei(Gl.4:4), visto que era um israelita.

Porque Jesus cumpriu a Lei?

O fato de Jesus ter nascido sob a lei e de tê-la cumprido integralmente (aliás, foi o único homem a cumprir a lei) (Mt.5:17) é, a propósito, a comprovação do que temos dito até aqui. A lei foi estabelecida como um critério de relacionamento entre Deus e Israel até que viesse o Messias. A lei, embora não tivesse o poder de eliminar o pecado, tinha por finalidade mostrar o pecado e prescrever uma conduta para que o povo de Israel se mantivesse separado do pecado (i.e., santo). Assim, imperioso que o Messias, ao chegar, cumprisse a lei, a fim de provar não só que Ele era o Messias, mas que poderia ser o exemplo, pois só mesmo quem cumprisse a Lei teria autoridade para remover o pecado do mundo.

O véu se rasgou!

Ao dar Seu último brado na cruz, o véu do templo se rasgou de alto a baixo, véu este que era o símbolo maior da divisão que existia entre Deus e os homens, apesar da vigência da lei (Mt.27:50,51).
Após ter cumprido a lei e Se sacrificado para tirar o pecado do mundo, Jesus esmagou a cabeça da serpente, ao tirar o pecado do mundo, restabeleceu a comunhão entre Deus e os homens!

Jesus denuncia o legalismo e tudo que sufoca a palavra

Durante o próprio ministério de Jesus Cristo, vemos que os discípulos não eram tão escrupulosos com a tradição e os costumes culturais como os fariseus, tanto que, mais de uma vez, vemos os fariseus recriminando não só ações dos discípulos, porque em desacordo com os costumes e tradições dos anciãos (cf. Mt.12:2; 15:2) mas do próprio Jesus (Mt.9:11; 12:10). Assim, de pronto, devemos observar que nunca houve em Jesus ou em Seus discípulos um estrito legalismo como o que é apregoado pelos judaizantes. Tudo o que era cultural e não tinha o valor de mandamento divino não era observado por Cristo nem por Seus discípulos.
- Pelo contrário, Jesus denunciou o legalismo, próprio dos fariseus, condenando-o por sufocar a Palavra de Deus (Mt.12:3-8; 15:3-9), bem demonstrando qual era o objetivo da lei e da própria vontade do Senhor, tendo deixado isto bem claro ao preceituar a Sua doutrina, como vemos no sermão do monte (Mt.5-7), onde, aliás, não há qualquer menção à guarda do sábado.

Paulo o apóstolo dos gentis

Com o início da pregação aos gentios, em Antioquia, os setores judaizantes de Jerusalém, agindo por conta própria e sem a autorização do seu pastor, Tiago, o irmão do Senhor (cf. At.15:24), passaram a ir até o encontro das igrejas gentílicas que se formavam, defendendo a necessidade da prática da lei para que houvesse a salvação, tendo, neste particular, tido a oposição de Barnabé e de Paulo, os grandes evangelistas entre os gentios. Paulo, aliás, em quase todas as suas cartas, toca no tema, sendo certo que a epístola aos gálatas é inteiramente dedicada a este assunto.

O sacrifício de Jesus é suficiente para a salvação e é maior que a Lei

Na medida em que exigimos a observância da lei para a salvação do homem, estamos a dizer que o sacrifício de Jesus é insuficiente para que o homem seja salvo, que o homem somente será salvo se fizer as obras da lei, o que equivale a dizer que Jesus não é o Salvador.
- Entretanto, a Bíblia é claríssima ao mostrar que as obras da lei são incapazes de salvar o homem e que o homem é justificado sem as obras da lei (Rm.3:28).


Entre tantas aberrações hoje em dia se vê uma prática nas igrejas evangélicas neopentecostais de se introduzirem elementos da cultura judaica nos cultos.

Portanto, não nos deixemos iludir com este “evangelho judaizante”, que defendem um “retorno à Jerusalém terrestre”, mas, lembremos que estamos a caminho de Jerusalém celeste, “… a nossa cidade está nos céus, donde também esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo” (Fp.3:20).

- Já há cristãos usando “kippá” (o solidéu, tradicional chapéu judaico), esquecendo-se de que esta indumentária simboliza a presença de Deus, como se o cristão precisasse de algo que indicasse que Deus está sempre com Ele até a consumação dos séculos.

- Todos estes “modismos” e “inovações” devem ser prudentemente observados pelos sinceros e genuínos servos do Senhor, pois são práticas que não têm qualquer respaldo bíblico, antes, pelo contrário, foram duramente condenadas pelas Escrituras, pois têm como finalidade fazer-nos voltar à escravidão da lei, tendo já sido dela libertos pela obra redentora de Cristo Jesus no Calvário. Nada que represente a diminuição do valor de Jesus Cristo pode ser acolhido pelo verdadeiro cidadão dos céus e que possamos, assim, nos livrar destas sutilezas satânicas, que, há muito, têm tentado perturbar a fé dos crentes.

Fiquemos alerta também para o movimento que tem transformado igrejas em sinagogas, levando irmãos e irmãs aos mais caros sacrifícios para poderem ir até Jerusalém, ou para subirem no Monte Sinai (que para alguns pesquisadores não se encontra realmente no Egito, mas do outro lado na Arábia http://alvarocpestana.googlepages.com/O_VERDADEIRO_SINAI_2.pdf) trazendo água do rio Jordão, óleo sagrado e etc.

Gostaria de conhecer Jerusalém como turista, para engrandecer minha cultura, abrir minha visão, mas jamais para receber algo que já não tenha recebido desde que aceitei Jesus Cristo como meu senhor e salvador. E caso você não tenha condições financeiras de subir até Jerusalém, não entre em depressão, é só buscar um lugar dobrar seus joelhos em nome de Jesus e o Deus do universo virá até você!

Pastor Zezinho

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