Pastor Zezinho

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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Pastor , Professor e Radialista

sábado, 11 de dezembro de 2010

O Natal não é um delírio


Faço aqui uma homengem pelo aniversário do Bispo João Heliofar da Sara Nossa Terra de POA, uma das pessoas mais inteligêntes que conheci e que graças a Deus é cristão. Pastor, Bispo e procurdor d República é um defensor da Fé cristã pura e viva... leia esta crônica colocada na folha de SP onde ele defende nossa fé com autoridade... vale a pena ler tudo.

NÃO.. O Natal não é um delírio

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Parece que nada está mais na moda do que falar mal de Deus. O mundo assiste a um novo e estranho fenômeno: o ateísmo militante, evangelista. O que se vê não é
apenas o discreto ceticismo inaugurado por David Hume ou o racionalismo que se levantou a partir do iluminismo na Europa. O ateísmo tornou-se militante, irado, e quer que Deus desapareça. Não se trata mais de uma filosófica declaração de que Deus está morto, mas de um imperativo de que Ele deve ser enterrado.
Talvez nunca se tenham dedicado, simultaneamente, tantas linhas para atacar e destruir a fé em geral e o cristianismo em particular. Em edições sucessivas,
Richard Dawkins, Sam Harris, Christopher Hitchens e Daniel Dennett pregam agressivamente o evangelho ateísta, cuja luz consiste em esclarecer ao mundo que
Deus não passa de uma invenção humana. E nociva. Segundo o novo evangelho, a religião é incompatível com a ciência, obscurantista em sua essência, imoral e causadora das guerras e dos conflitos mais penosos vividos na experiência humana.
Deus é um delírio, afirma Dawkins, e a religião envenena tudo, sustenta Hitchens. Intriga nisso tudo o silêncio, quase monástico, nas hostes cristãs. Essas
acusações são irrespondíveis?
Tome-se a suposta incompatibilidade da fé em Deus com a ciência. Newton, Kepler, Lavoisier, Mendel, Galileu e tantos outros não eram cristãos? Todos conceberam a ciência a partir da idéia de que o universo foi criado
por um ser racional e, por isso, é regido por leis e princípios que podem ser apreendidos racionalmente. Como o ateísmo explica a magnífica racionalidade do
universo, que se expressa em linguagem matemática? 24/12/07 Rodomar
A fé judaico-cristã, aliás, foi a primeira a excluir a natureza da esfera do sagrado e possibilitar sua observação, manipulação e estudo. Além disso, as grandes universidades nasceram em igrejas: Paris, Bologna, Oxford, Harvard e Princeton eram seminários cristãos.
A religião envenenou Michelangelo, Dante, Bach, a arquitetura gótica e tantas outras realizações inconcebíveis sem a fé cristã? A sociedade ocidental jamais poderá ser compreendida sem os valores herdados do cristianismo. A compaixão, por exemplo, brilhantemente ilustrada na parábola do bom samaritano. Seu berço não poderia ser a Grécia. Os espartanos deixavam os bebês que nasciam mais débeis para morrer ao relento e Platão flerta abertamente com a eugenia em "A República". É o cristianismo que afirma a misericórdia como um valor inegociável, que constitui o gérmen para o serviço social, a expansão dos hospitais etc.
Mas a escravidão não foi tolerada por séculos pela cristandade? Na verdade, a escravidão foi um fenômeno histórico universal: na China e em toda a Ásia, na
África e, inclusive, entre os índios da América pré-colombiana. Não encontrou oposição na Grécia, nem mesmo em seu momento mais luminoso. Nunca foi questionada. Quando se torna controversa pela primeira vez? A reação vem inicialmente dos quackers, no século 18, e, em seguida, a concepção de que todos os homens foram criados iguais inspirou o pietista William Wilberforce a lutar tenazmente contra o mal no Parlamento inglês até vencê-lo completamente. 24/12/07 Rodomar
Na verdade, o assalto ateísta não se justifica nem no destaque dado aos crimes cometidos em nome da fé. A história já mostrou que o fanatismo mata em todo canto
e muito mais nos sistemas que procuraram erradicar toda religião. A loucura não exige credo de tipo algum. Enfim, dezembro é um bom mês para os cristãos saírem do armário. Não há superioridade intelectual no ateísmo ou, de outro modo, não há inferioridade intelectual na fé cristã. E muito menos inferioridade moral. Não há por que se esconder dos pregadores da nova fé secular, agressiva e militante. O Natal, mesmo nesta era pós-moderna e pós-cristã, é tempo de afirmar que nada melhor aconteceu à sociedade ocidental do que aquele estranho evento na Palestina, quando uma jovem judia deu à luz Jesus de Nazaré. Que toquem os sinos em Belém.

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JOÃO HELIOFAR DE JESUS VILLAR, 45, é procurador
regional da República da 4ª Região (no Rio Grande do Sul) e cristão evangélico.

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