Pastor Zezinho

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Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brazil
Pastor , Professor e Radialista

terça-feira, 16 de março de 2010

Plano Collor completa 20 anos


Como poderia deixar passar em branco o dia do aniversário de umas das mais infelizes idéias econômicas e porque não dizer política do Brasil nas últimas décadas.

Na época eu tinha somente 20 anos, mas já sabia reconhecer o que era falso do que era verdadeiro, o senhor "caçador de Marajas" nunca me enganou e nunca teve meu voto disso eu posso me orgulhar!!

Infelizmente não posso dar os parabéns ao Plano Collor, que confiscou a poupança dos brasileiro para acabar com a inflação no país, na decada de 90 e completa 20 anos...

Sim, há exatamente 20 anos a economia brasileira foi objeto de uma experiência inédita. Fernando Collor de Melo anunciou no dia 16 de março de 1990 – um dia depois de assumir a presidência do Brasil – um plano que prometia acabar com a inflação do país, que estava na casa dos 2.000% ao ano.

Por meio de uma Medida Provisória, Collor e sua então ministra da Fazenda, Zélia Cardoso de Mello, bloquearam a poupança e todas as aplicações financeiras da época acima de NCZ$ 50 mil (cruzados novos) – o equivalente hoje a R$ 6.000, em valores corrigidos pela inflação oficial, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

Entre os governos de José Sarney – o primeiro civil a dirigir o país após 21 anos de ditadura militar – e o de Collor, o Brasil viveu cinco planos de estabilização econômica. Sarney, que a seu tempo teve taxas de popularidade e aprovação similares à do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, criou mecanismos de controle de preços como as chamadas tablitas, dando origem às “fiscais do Sarney” – que vigiavam os passos dos funcionários dos supermercados que andavam com marcadores de preços. Nenhum funcionou.

Então veio o Plano Collor, que tinha como objetivo diminuir a quantidade de circulação de dinheiro na economia, o que inibiria o consumo e, por sua vez, ajudaria a reduzir as exorbitantes taxas de inflação. O efeito, porém, foi traumático, principalmente para quem aplicava na caderneta de poupança - hoje e sempre vista como uma forma de reserva a salvo de qualquer interferência.

A poupança, o investimento mais acessível ao cidadão comum, o “pé de meia” que o pai fazia no banco para o filho recém-nascido, na expectativa de pagar os estudos dele quando chegasse à idade de ir para a faculdade, ou a reserva que o candidato a microempresário fazia para começar sua própria atividade, foi confiscada, com a promessa de devolução 18 meses depois, em parcelas e com uma taxa fixa de remuneração.

Como era de se esperar, a medida causou indignação nos brasileiros. Quem pôde tentou diversas maneiras de tirar dos bancos suas economias. Várias ações judiciais foram interpostas para liberar os recursos retidos antes dos 18 meses que a equipe econômica da então ministra da Fazenda havia estipulado.

Que isto nunca mais aconteça e se repita na história do Brasil!

Pastor Zezinho

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