Pastor Zezinho

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Pastor , Professor e Radialista

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Copa do Mundo - Alegrias e tristezas


Do céu ao inferno em quatro anos

A Itália é famosa por começar mal a Copa, garantir no sufoco uma vaga na fase eliminatória e surpreender a todos, chegando longe na competição. Foi assim em 1982 e em 1994 -- nas duas vezes, a Azzurra foi finalista. Neste ano, no entanto, a virada italiana jamais aconteceu. Depois de dois empates nas primeiras rodadas, a Itália entrou em campo contra a Eslováquia com a possibilidade de seguir adiante com mais uma igualdade. E nem isso conseguiu. Com a derrota por 3 a 2, protagonizou um papelão: atual campeã mundial, não passou às oitavas mesmo participando de um grupo que tinha também Paraguai e Nova Zelândia (essa última, uma seleção semiamadora). Defender o título conquistado em 2006? Alcançar o Brasil em número de Copas vencidas? Nada disso: a delegação italiana volta para Roma levando na bagagem o peso de um fiasco antológico.

A primeira seleção campeã a cair logo de cara no Mundial seguinte foi a própria Azzurra, em 1950. Vencedora em 1938, foi disputar a Copa no Brasil-1950 e parou logo na primeira etapa disputada. Mas o regulamento era muito diferente do atual (os grupos tinham outro formato) e a equipe que fracassou havia sido totalmente reformulada -- afinal, por causa do intervalo forçado por causa da II Guerra Mundial, doze anos separaram a conquista italiana da desclassificação no Brasil.

Além da Itália, duas seleções também amargaram uma decepção semelhante. A primeira campeã mundial a ser eliminada na edição seguinte do Mundial foi o Brasil, vencedor em 1962 e fiasco em 1966. Naquela Copa, jogada na Inglaterra, o Brasil começou ganhando da Bulgária, mas depois levou duas sapatadas: da Hungria e de Portugal, ambas por 3 a 1. Com uma preparação tumultuada e uma convocação muito contestada, a seleção brasileira teve em 1966 um de seus piores desempenhos em Mundiais.

Trinta e seis anos depois do fracasso do Brasil na Inglaterra, outra campeã mundial decepcionou no Mundial seguinte. A França de Zinedine Zidane foi a vencedora em 1998, mas parou na fase de grupos em 2002, na Coreia do Sul e Japão. Os franceses foram para a Ásia com a moral em alta e um time que contava com astros como Henry, Vieira, Desailly, Thuram, Trezeguet e o goleiro Barthez. Zidane, machucado, começou o torneio no banco. Em três jogos disputados, os Bleus perderam dois e empataram um. Não marcaram nenhum gol e levaram três. A França culpou o cansaço, dizendo que seus astros chegaram esgotados à Copa por causa da temporada de clubes europeia.

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